domingo, 27 de janeiro de 2008

Miguel Veloso e o Sporting X Porto

Hoje joga-se mais um Sporting x Porto. Para além de eu não ter dúvida nenhuma que o Sporting vai ganhar, Sporting Sempre, estou ainda a imaginar o medo que sentirão por esta hora os jogadores do Porto, depois de terem visto a ameaçadora capa do Record de ontem. É verdade, Miguel Veloso não fez por menos e posou para a capa do Record com o ar feroz típico de jogadores que não sabem jogar à bola mas que pelo menos vão deixar tudo em campo. Sendo o Miguel Veloso isto não poderia estar mais errado. Sabe jogar à bola mas o que deixa em campo é: estilo, elegância (apesar da bunda grande), charme e nenhum suor, que essa coisa do suor além de dar trabalho é pouco in. Se nesta capa estivesse o Petit em vez do Veloso, a fotografia podia ser "tipo passe", o Petit até quando sorri com um bebé ao colo parece que nos está a prometer pancada, ou que vai morder pelo menos. O Veloso, com a sua bela juba loirinha, limita-se a mostrar o belo dentinho branco, enquanto faz um estranho gesto com os braços, que deixa a nú o facto de ele ainda não ter percebido bem que o futebol se joga com os pés, e não parado a esticar os braços para tudo quanto é lado, como ele bem gosta. Uma mensagem para o Veloso: Vai correr bunda grande (grandes palavras de Scolari), podes vir comigo que eu também tenho de perder peso!!!



terça-feira, 22 de janeiro de 2008

São 3h da manhã ou é 3h da manhã?!

Estou ainda a trabalhar em frente ao computador, e já não tenho capacidade de resposta para a pergunta que eu próprio coloco. Estou aqui sentado faz mais de 6h quase seguidas e ainda me fui lembrar de escrever um post. 
Numa pequena pausa que fiz para, calmamente, comer cerca de 300 bolhachas e beber um litro de leite, pequenas e frequentes refeições como receitou a minha nutrucionista, liguei a televisão e vi que o "Prós e Contras" ainda existe, e ainda é apresentado pela Fátima Campos Ferreira (pensei que esta tinha já everegado por uma carreira docente no primeiro ciclo, para a qual está obviamente talhada) O tema era a Lei do Tabaco. Uns eram a favor e outros contra (incrivel!!!) Não percebi muito bem os argumentos de quem está a favor da lei. Eu, apesar de não fumar, não podia estar mais ao lado dos que são contra a lei. Sou um defensor acerrimo da cozinha tradicional portuguesa, e num tempo em que os fumeiros tradicionais cairam em desuso esta lei veio acabar com o prazer daqueles, que como eu, se deliciavam num bom restaurante com uma bela chouriça que, na hora de comer, se fuma, ou defuma, e entranha de um sabor a fumo até então para sí desconhecido. Além das chouriças também o bacalhau, a corvina ou o feijão verde se veem agora privados desse último retoque tradicional. Os mais selectos, perderam o belissimo sabor de uma Apfel Struddel fumada pelo simpático vizinho de nos cuspia deliciado o fumo. 
E isto não fica por aqui. Milhares de desgraçados acabarão sozinhos sem o cheiro a fumo na roupa que encobria outros odores de noites fora de casa mal dormidas.

Acho mesmo que, em favor da liberdade individual deveria ser criada uma lei que obrigasse a que todos fumássemos. Todos os cidadãos com mais de 14 anos seriam chamados à sede da Tabaqueira Portuguesa para fazer alguns exames médicos e receber as primeiras explicações sobre o assunto, comprar o primeiro volume de tabaco com três maços de oferta. Seriam apenas excluídos  os doentes crónicos com problemas respiratórios e outros com demais problemas graves, esses seriam enviados para Espanha que passaria a ser o novo exílio para os Portugueses. Seria uma espécie de recenseamento e inspecção tabagista. Com isto acabariam, da forma mais razoável, os problemas de limitação da liberdade pessoal que agora surgem. Todos fumariam e assim ninguém seria fumador passivo!!! Era a liberdade total!!!
Esta é a minha contribuição para a nossa democracia e posso anunciar que conta já com o apoio de algumas associações e empresas que se juntaram à minha justa causa, e que abaixo menciono.
O meu obrigado a todos.



Associação Nacional de Médicos no Desemprego - ANMD
Associação Nacional de Enfermeiros no Desemprego - ANED
Associação Nacional de Doentes Mentais Sem Cura - ANDMSC
Tabaqueira Portuguesa - TP
Associação Nacional de Farmácias - ANF
Associação de Bares, Discotecas e Locais de Diversão Alternativa - ABDLDA
Associação Portuguesa de Fabricantes de Ar Condicionado - APFAC
Associação Nacional de Fabricante de Genéricos - ANFG
Associação Portuguesa de Agentes Funerários - APAF
Associação Nacional das Garrafas de Água com 20cl a 3€ nas Discotecas - ANGA23D
Caixões Semedo - A morte não nos mete medo - CS
Associação dos Doentes Graves da Exploração Mineira - Pelo direito à igualdade - ADGEM
Associação Portuguesa de Desodorizantes para a Boca - APDB 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O canal dos Obituários

Algumas semanas atrás, Nuno Markl deu a conhecer, no seu belo programa Há vida em Markl, a criação de um novo canal de alemão dedicado aos negócios da morte. Uma espécie de canal necrologia, onde os parentes dos defuntos podem colocar os obituários dos seus entes queridos, em alternativa às monocromáticas e sem graça páginas de jornal. Segundo Markl (soa quase bíblico), esta é uma forma de a cadeia de televisão responsável pelo canal lutar contra o monopólio da imprensa escrita nesta temática. Fiquei a meditar o assunto, e conclui que isto já não é novidade. Bem vistas as coisas, há muito tempo que a televisão concorre directamente com a imprensa escrita. Basta pensar nos canais de noticias nacionais. Estes canais iniciam a sua emissão de manhã, com noticias frescas criadas por uma equipa que se encontra a trabalhar desde bem cedo, e passam o restante dia com serviços noticiosos hora-a-hora onde se limitam a repetir as mesmas peças com que nos levantaram da cama. Pouco mais de novo aparece. Isto é, no fundo, o mesmo que comprar o jornal de manhã bem cedo e, após uma primeira leitura, re-ler as noticias vezes sem conta ao longo do dia, até se conhecer, palavra a palavra e imagem a imagem, todas as páginas de um jornal.
Aliás, os jornais televisivos vão ainda um pouco mais longe, conseguindo por vezes que as mesmas peças passem um ou mais dias seguidos, manobra de afirmação jornalística que até hoje nenhuma imprensa escrita alvejou tentar.
Bem vistas as coisas, e numa análise totalmente imparcial, este método não é mais do que uma manobra de auto-afirmação, pois a capacidade de repetir inúmeras vezes as mesmas noticias demonstra a confiança que as redacções demonstram nos conteúdos informativos que emitem, algo que a imprensa escrita não pode experimentar pois o papel é bem mais fácil de rasgar e com menor prejuízo quando comparado com partir um monitor de televisão. 
E ainda há quem proteste por ao chegar à sala de espera do hospital a televisão estar sempre ligada na Fátima Lopes ou na praça da alegria...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

O Almerindo na Estradas de Portugal

È verdade, o Almerindo Marques, antigo homem forte da RTP, foi administrar uma outra empresa pública semi-defunta, a Estradas de Portugal. Até aqui não há qualquer noticia, já passou muito tempo até, mas noticia foi o que ouvi ontem nas instalações da RTP. Comentava uma funcionária para a outra:
- Sabes quanto é que o Almerindo foi ganhar lá prá empresa das estradas?
- Sei lá, mas foi ganhar muito dinheiro, mais do que eu foi de certeza!
- Foi ganhar ganhar 18 milhões de euros por mês!!! - voltou a primeira.
- Eles ganham muito às custas da nossa miséria - retorquiu as outra sem perceber muito bem de quanto dinheiro falava
- Eu até fiquei burra para a minha vida - completou a primeira.
No meio de tanto disparate, eis como acabar a conversa com algo que faz, de facto, sentido.
Grande Almerindo!!! Nem o Figo!