quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

400 anos da morte do Padre António Vieira

Passam hoje 400 anos do dia em que morreu o Padre António Vieira, e eu queria aqui deixar uma ideia para os Gorazes e Pescadas nº5 do Chile dos dias de hoje.

Já que neste momento está, lamentavelmente, difícil avançar com a canonização dos pastorinhos, eu sugiro que avance-mos com o projecto (desenho, proposta, modelo 21, candidatura ou seja lá o que for) de canonização do Padre António Vieira. O homem para além dos excelentes escritos que deixou, este sabia escrever e pastorar, ainda deu à vida o milagre de, em nome da igreja, dizer a verdade e lutar pelo que acreditou, sem se preocupar nunca muito com os cardumes que a cada estação migravam na direcção contrária à que ele próprio seguia, e que acabavam por mudar sempre de direcção. É claro que esta atitude lhe valeu problemas com o patronato e especialmente com o corpo directivo das divisões em que trabalhou, com muitos tribunais e penas sem direito a recurso. Fica no entanto para história, segundo muitos de nós acreditamos, ter sido absolvido pelo CEO, e pelo filho deste, daquele grande grupo empresarial.

Salvé peixes.

"Demócrito ria, porque todas as coisas humanas lhe pareciam ignorâncias; Heraclito chorava, porque todas lhe pareciam misérias: logo maior razão tinha Heraclito de chorar, que Demócrito de rir; porque neste mundo há muitas misérias que não são ignorâncias, e não há ignorância que não seja miséria"

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